Cajon: a novidade que nasceu 200 anos atrás.
O país do pandeiro deu lugar a mais um destaque nos palcos. Nos bailes da vida ou no palco de famosos o Cajon vem chamando a atenção por sua capacidade sonora e versatilidade. Na época do peru colonial, os escravos foram proibidos de cultuar suas crenças e consequentemente de tocar seus instrumentos, foi quando começaram a utilizar caixotes de madeira, atitude essa ignorada pelos "senhores" que ignoraram essa ação por não estarem utilizando instrumentos musicais. Sem dúvida alguma, nenhum deles imaginava que esse início formaria toda cultura, músicas e estilos Afro-Peruanos de hoje. O caixote foi aperfeiçoado e hoje, caminhar pelas ruas de Lima com um cajon na mão faz parte da cultura. Todo estilo musical, ritmos e estudos se formaram a partir de um instrumento de percussão. Há aproximadamente 30 anos, o Cajon ganhou um mercado internacional, quando Paco de Lucia em viagem ao Peru conheceu o CAJON, pelo toque profundo de um Landó de uma das músicas mais famosas do país: Toro Mata. Caitro Soto, um dos precursores da cultura afro-peruana presenteou Paco com um Cajon, e a partir daí tudo mudou no mundo. No Peru, uma cultura e estilos musicais nasceram a partir de um instrumento de Percussão. Na Espanha, o Cajon se adaptou perfeitamente a sonoridade das palmas, dos golpes graves produzidos pelos saltos das bailaoras flamencas e toda dinâmica que esse estilo possui. No Brasil, o cajon vem se tornando um braço direito do violão em pequenas apresentações, ensaios e ganhou fama em grandes palcos como Gilberto Gil, Ivete Sangallo, Luisa Possi dentre outros consagrados músicos. Hoje, o país do pandeiro, do berimbau e do samba foi abraçado pela Sonoridade versátil do Cajon.